domingo, 5 de dezembro de 2010

O impacto da paixão no cérebro...

Se apaixonar afeta áreas do cérebro e faz que a pessoa apaixonada tenha a sensação de euforia similar à que indivíduos que fazem uso da cocaína sentem. De acordo com os pesquisadores da Universidade de Siracusa, EUA, entre os hormônios liberados no processo estão aqueles como adrenalina, ocitocina e dopamina, que atingem 12 regiões do cérebro ao mesmo tempo (meio segundo após ver a pessoa amada).
paixão age nos mesmos centros nervosos que a cocaina
“Se nos perguntarem se o amor está no coração ou no cérebro, eu diria que está em ambos, pois o coração também muda seu comportamento durante o processo de euforia. Mas se a pergunta é ‘onde isso tudo começa’ a resposta é ‘no cérebro’”, diz Stephanie Ortigue, principal autora do estudo.
Outro dado observado pelos pesquisadores foi que as pessoas apaixonadas têm altos níveis do chamado fator de crescimento neuronal (NGF, na sigla em inglês) – molécula responsável pela manutenção dos neurônios e pelo funcionamento do sistema nervoso – e que também atua na regulação química da sociabilidade, de acordo com Ortigue. Esses níveis de NGF seriam os responsáveis pela sensação de “amor à primeira vista”, fazendo que haja uma descarga de hormônios quando se vê a pessoa amada.
Essa intensidade de atividade química no cérebro também tem seu lado negativo, diz o pesquisador, pois caso um dos parceiros tenha “o coração quebrado”, há grande risco de depressão e estresse emocional para esse indivíduo. Ou seja, a paixão também contribui para a saúde mental, brinca Ortigue. “E descobrir como isso tudo ocorre pode nos ajudar a desenvolver terapias específicas para pessoas que não tenham conseguido superar esse tipo de problema”, completa.
Os pesquisadores agora tentam saber as diferenças entre esse sentimento e seus reflexos no cérebro. O amor materno, por exemplo, pode ativar áreas diferentes e ter outras em comum com o amor romântico. De uma forma ou de outra, o centro de recompensa do cérebro parece ser um denominador comum e é o centro das atenções das próximas pesquisas do grupo de pesquisadores que também contou com profissionais da Universidade de West Virginia, EUA, e da Universidade de Genebra, na Suíça.

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