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Christian Gonçalves, advogado, que conta que seu namoro não engrenou por ele não suportar cigarro
O cerco está se fechando em torno do cigarro. E, além dos males já conhecidos, mais um pode ser atribuído ao vício: ser prejudicial à saúde dos relacionamentos. Não é difícil imaginar que a relação entre uma pessoa que fuma e outra que não fuma não é muito fácil. Cláudia Nogueira, psicóloga especializada em terapia cognitiva comportamental e coordenadora do Programa Antitabagismo do Spa Sorocaba, confirma que a dificuldade no relacionamento é um dos motivos que mais levam pessoas a procurarem tratamento.
“É muito difícil vencer o tabagismo. Mas é preciso pensar positivo: se uma pessoa aprendeu a fumar, pode deixar também, ainda mais se tiver motivação”, estimula. A psicóloga lembra que abandonar o vício não beneficia somente a saúde do fumante, mas do casal e de todos que convivem com ele. “O parceiro deixa de ser fumante passivo. Se pensarmos também na saúde emocional do casal, traz muitos benefícios, pelo fato de poderem desfrutar de mais momentos juntos.”
Christian Gonçalves concorda com Cláudia. O namoro de seis meses do advogado paulistano acabou por conta do cigarro. “O primeiro beijo já revelou um gosto amargo. Em uma de nossas primeiras conversas, toquei, com cuidado, no assunto”, relata. A resposta foi positiva: o desejo de parar existia.
“Eu me enchi de esperança, mas ficava frustrado cada vez que sentia o cheiro da fumaça. Mesmo assim, tentei dar meu apoio, não como um fiscal, mas como alguém que entendia a dificuldade de abrir mão de um vício tão arraigado”, defende-se Christian, que conta que chegou a pesquisar tratamentos para fumantes que quisessem parar.
Por causa das náuseas que o cigarro provocava em Christian, ele tentou uma conversa definitiva. “Durante um jantar, mencionei as dificuldades que eu tinha para lidar com alguém fumante ao meu lado. No final, nos abraçamos e, sem mencionar uma palavra, tive a clara resposta: sacou o maço de cigarros, acendeu um e fumou inteirinho, em silêncio absoluto”, conta Christian.
Do outro lado
“É muito difícil vencer o tabagismo. Mas é preciso pensar positivo: se uma pessoa aprendeu a fumar, pode deixar também, ainda mais se tiver motivação”, estimula. A psicóloga lembra que abandonar o vício não beneficia somente a saúde do fumante, mas do casal e de todos que convivem com ele. “O parceiro deixa de ser fumante passivo. Se pensarmos também na saúde emocional do casal, traz muitos benefícios, pelo fato de poderem desfrutar de mais momentos juntos.”
Christian Gonçalves concorda com Cláudia. O namoro de seis meses do advogado paulistano acabou por conta do cigarro. “O primeiro beijo já revelou um gosto amargo. Em uma de nossas primeiras conversas, toquei, com cuidado, no assunto”, relata. A resposta foi positiva: o desejo de parar existia.
“Eu me enchi de esperança, mas ficava frustrado cada vez que sentia o cheiro da fumaça. Mesmo assim, tentei dar meu apoio, não como um fiscal, mas como alguém que entendia a dificuldade de abrir mão de um vício tão arraigado”, defende-se Christian, que conta que chegou a pesquisar tratamentos para fumantes que quisessem parar.
Por causa das náuseas que o cigarro provocava em Christian, ele tentou uma conversa definitiva. “Durante um jantar, mencionei as dificuldades que eu tinha para lidar com alguém fumante ao meu lado. No final, nos abraçamos e, sem mencionar uma palavra, tive a clara resposta: sacou o maço de cigarros, acendeu um e fumou inteirinho, em silêncio absoluto”, conta Christian.
Do outro lado
- Francis Saliba, que evitava dormir na casa do namorado para não ter de deixar de fumar
“Estou tentando parar de fumar, mas é difícil”, assume Francis Saliba, ecóloga, que também admite que o cigarro influenciou muito no término de seu relacionamento. “Quando eu dormia na casa de meu ex-namorado, não podia fumar dentro do apartamento. Comecei a ficar mais na minha casa, afinal, lá, eu podia fumar quando tivesse vontade.”
Gabriela Noronha, tradutora, é fumante. Seu ex-namorado não gostava do hábito, mas isso não chegou a influenciar no fim da relação. "Eu evitava fumar perto dele ou, quando tinha vontade, ia até a varanda do apartamento", conta ela. Porém, apesar de nesse relacionamento não ter havido problemas, nem sempre foi assim.
"Uma vez, me interessei muito por um cara. Nossa conversa estava ótima, mas, quando acendi um cigarro, ele me disse que não conseguia se relacionar com fumantes", recorda-se. "Fiquei chateada, mas essa história teve um lado bom: serviu como estímulo para eu diminuir o cigarro", diz ela, que tem intenção de parar.
Entenda quem não fuma
Podemos dizer que fumar faz mal para o coração em todos os sentidos? Sim. Hélio Castelo, cardiologista dos hospitais Bandeirantes e São Luiz, destaca que é preciso lembrar que o problema não é apenas o cheiro ou o gosto de cigarro, mas o prejuízo para a saúde do outro. “Ter um parceiro fumante aumenta a incidência de doenças derivadas do cigarro.”
Para quem quer parar -por amor ou não-, a psicóloga aconselha a notar quais são os gatilhos que provocam a vontade de fumar e tentar controlar-se. Em seguida, trace pequenas metas diárias para não ceder ao cigarro. “Procure evitar situações estressantes nesse período, pratique atividades físicas e reveja o conceito que você desenvolveu sobre o cigarro, de vê-lo como um companheiro.”
"Uma vez, me interessei muito por um cara. Nossa conversa estava ótima, mas, quando acendi um cigarro, ele me disse que não conseguia se relacionar com fumantes", recorda-se. "Fiquei chateada, mas essa história teve um lado bom: serviu como estímulo para eu diminuir o cigarro", diz ela, que tem intenção de parar.
Entenda quem não fuma
Podemos dizer que fumar faz mal para o coração em todos os sentidos? Sim. Hélio Castelo, cardiologista dos hospitais Bandeirantes e São Luiz, destaca que é preciso lembrar que o problema não é apenas o cheiro ou o gosto de cigarro, mas o prejuízo para a saúde do outro. “Ter um parceiro fumante aumenta a incidência de doenças derivadas do cigarro.”
Para quem quer parar -por amor ou não-, a psicóloga aconselha a notar quais são os gatilhos que provocam a vontade de fumar e tentar controlar-se. Em seguida, trace pequenas metas diárias para não ceder ao cigarro. “Procure evitar situações estressantes nesse período, pratique atividades físicas e reveja o conceito que você desenvolveu sobre o cigarro, de vê-lo como um companheiro.”
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